Depois de anos e anos ocupando o trono de navegador mais usado do mundo, finalmente o Internet Explorer foi ultrapassado por um de seus concorrentes, o Google Chrome. Pelo menos segundo dados da StatCounter. A ultrapassagem já era previsível, dada à derrocada constante do navegador da Microsoft e a escalada sem freio da solução da Google. O Chrome, inclusive, já havia tomado a dianteira, mas foi por apenas um final de semana e logo o Internet Explorer retomou seu lugar. Mas não por muito tempo. A partir da segunda semana de maio, o navegador da Gigante das Buscas assumiu a pole position e não cedeu mais. Atingindo 32,8% de participação, contra 31,9% do navegador da Microsoft, o Chrome acaba com uma liderança que já perdurava por décadas!
A história do Internet Explorer não é muito cheia de glória. Após esmiuçar o pobre Netscape na década de 1990, o navegador estagnou na versão 6, que era um verdadeiro ninho de rato! Angariando o ódio dos webmasters e dos usuários por anos, a Fundação Mozilla surgiu como a salvadora da pátria com o seu Firefox, que unindo qualidade e desempenho, foi aos poucos tomando terreno do famigerado IE. Prevendo que a sua liderança poderia vir por terra, a Microsoft tratou de melhorar o seu produto, e o faz gradativamente nas versões 7, 8 e por fim a 9, a mais estável e usável atualmente. Porém, em 2008 o Google Chrome chegou, para surpresa de todos e foi crescendo paulatinamente. Em 2011 ultrapassou o Firefox e no início da semana passada começou a enxergar o IE pelo retrovisor.
Mas a que se deve tamanho sucesso? A Google deve agradecer e olhar com carinho para os mercados da América do Sul e da Ásia. Estes são os principais continentes onde o Chrome é líder absoluto. E isso faz bastante sentido. Levando em conta que o Orkut ainda é bastante popular por aqui, bem como na Índia, não é de admirar que a adoção do navegador destes países seja alta, tendo em vista a massiva propaganda que a Google veicula nestes meios. Publicidade, aliás, é a palavra de ordem por trás do Chrome. Não há dúvidas que ele seja um ótimo navegador, eu mesmo o uso como padrão aqui. E muita gente faz o mesmo. Porém, o Firefox não é um mau navegador. Ele tem a mesma qualidade de seu rival. Porém, com peças publicitárias veiculadas na página principal da empresa – que é a mais visitada do mundo -, nas redes sociais, em diversos sites na internet e até na TV aberta, o aumento no uso do browser é até natural. Neste caso, a força da marca e o dinheiro em caixa da Google fizeram a diferença.
Porém, nem todas as empresas de estatísticas corroboram com os dados lançados pela StatCounter. Na Net MarketShare, por exemplo, o Internet Explorer não só é líder como mantém uma boa “margem de segurança”. Por que a diferença entre essas empresas. A resposta está no método em que elas usam para mensurar a web. Enquanto a StatCounter usa pageviews (número de páginas visualizadas) como parâmetro, a Net MarketShare contabiliza os usuários únicos que cada navegador tem. A regra é clara: não podemos comparar métricas de duas empresas diferentes. Mas analisando os dados de ambas, podemos chegar á conclusão de que quem usa o Google Chrome navega mais na internet e acessa mais páginas.
Apesar das diferenças nos números, ambas mostram a mesma tendência: o Internet Explorer vem perdendo espaço mês a mês. Ele só não foi ultrapassado em todas as empresas de estatísticas. O ranking dos navegadores, na StatCounter, ficou assim:
- Google Chrome – 32,8%
- Internet Explorer – 31,9%
- Mozilla Firefox – 25,4%
- Apple Safari – 7,0%
- Opera – 1,7%
E você, o que achou desta mudança no mercado de navegadores? Qual é o seu browser padrão, qual você considera o melhor? Vamos conversar nos comentários! :D
[The Verge]
