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Opera mata seu motor, demite quase uma centena de funcionários e é alvo de críticas

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A Opera anunciou que seu navegador de internet de mesmo nome, usado por mais de 300 milhões de pessoas, deixará de usar seu motor de renderização proprietário Presto e passará a usar o Webkit, o mesmo do navegador da Apple (Safari) e da Google (Chrome), além de usar parte do código do Chromium, base do Chrome.

Segundo Håkon Wium Lie, diretor técnico da empresa norueguesa, a ideia é concentrar os esforços de seus funcionários no ambiente colaborativo do Webkit, motor renderizador de código aberto da Apple, fork do motor KHTML, da comunidade KDE. O custo dessa mudança é de US$ 7,8 milhões, valor pouco assustador dentro da receita da companhia, que passou dos US$ 200 milhões em 2012. No entanto, sem querer fazer trocadilhos, Lie parece ter mentido quanto o trabalho de seus funcionários na comunidade Webkit. A empresa irá demitir 91 desenvolvedores, 10% de sua força de trabalho. A grande maioria deles trabalhavam diretamente no desenvolvimento do núcleo do Opera, que era o seu motor Presto.

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Opera Browser

Mas há muitos críticos em relação à mudança. Robert O’Callahan, desenvolvedor do Gecko, motor do Mozilla Firefox, afirmou em seu blog que a decisão será prejudicial para os internautas e para a própria rede. A mudança diminuiria a diversidade, criando uma monocultura do Webkit e uma maior dominância criaria uma tendência de criar sites “Webkit”, dificultando a propagação de padrões abertos e universais. É o mesmo efeito que o Internet Explorer causou anos atrás, quando dominava sozinho o mercado. Peter-Paul Koch, especialista em compatibilidade de navegadores, também criticou a decisão. Segundo Koch, sem a tecnologia própria o poder da Opera diminui. A empresa pode não ter a capacidade de gerar inovações aceitáveis dentro do grupo político dominante do Webkit. A inovação pode ser seriamente afetada.

A utilização do Webkit pode ser prejudicial para a internet como um todo, mas para a empresa norueguesa pode ser acertada. A redução de custos no desenvolvimento fará os lucros aumentarem muito a longo prazo. Mas é só uma das vantagens que a Opera Software terá. Com a utilização do Webkit, os noruegueses terão a mesma compatibilidade do Google Chrome, terceiro navegador mais usado do mundo segundo a Net Applications. Com a força do Chrome, o Opera não será mais “o navegador esquecido”, onde alguns sites alertam para a incompatibilidade do browser. Isso se torna melhor quando se pensa no mercado móvel, onde o Opera brilha. O navegador terá a mesma compatibilidade dos browsers do iOS e Android.

Mas e você, o que achou da decisão da empresa norueguesa? E por acaso você é usuário do Opera? O que acha deste navegador? Vamos conversar nos comentários!

Com informações de CNET

Tags: Internet, Opera

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