Os eventos da Apple já não têm mais aquela magia e aquele mistério de antigamente. Com tantos sites dedicados à cobrir tecnologia, tem sido cada vez mais difícil manter os segredos bem guardados até a data da apresentação. Mas o último evento do ano da maçã de Cupertino, realizado ontem em São Francisco, nos Estados Unidos, conseguiu trazer pelo menos uma surpresinha: o iPad está mais leve, mais fino e tem um novo nome. Agora o tablet mais famoso do mundo chama-se iPad Air e pesa cerca de 450 gramas. Já o iPad Mini também foi atualizado, e finalmente terá a tão requisitada tela Retina.
iPad Air
Se a obsessão da Apple por deixar seus gadgets cada vez mais finos continuar, em breve teremos uma folha de papel com tela sensível ao toque. Mas enquanto este dia não chega, a quinta geração do iPad recebeu sua primeira grande “repaginada”, e agora está mais parecida com seu irmão menor, o iPad Mini – além de ter ganhado um novo nome: iPad Air. O novo modelo tem 7,5mm de espessura, pesa cerca de 450 gramas e virá nas cores prata e “cinza espacial”. Nada de iPad dourado (por enquanto).
A tela continua tendo 9,7 polegadas, com tecnologia Retina, resolução de 2048 x 1563 e 264 pixels por polegada. O processador é o mesmo que acompanha o iPhone 5s: chip A7 de 64 bits, coprocessador de movimentos M7, e arquitetura ARMv8. Segundo a Apple, com o novo chip, o tablet terá 2x mais poder de processamento e performance gráfica em relação ao iPad 4.
O Wifi está mais rápido e conta com a tecnologia MIMO (até duas vezes mais rápida que o Wifi comum). A câmera traseira ainda é uma iSight de 5MP, mas a frontal foi atualizada para filmar em em resolução FullHD (1920 x 1080). Dois microfones prometem melhorar consideravelmente a qualidade do áudio, o que é importante para conversas via Skype, por exemplo. A versão 4G teve o suporte estendido para mais frequências, abrangendo, inclusive, a rede brasileira. Tudo isso segurado pela bateria que mantém a promessa de autonomia de até 10 horas.
O iPad Air chega aos Estados Unidos (e mais alguns países, menos o Brasil) no dia 1º de novembro. A versão de 16GB custará U$499, enquanto a Cellular (3G/4G) sai por U$629. Por US$89, você completa o pacote com as novas Smart Cases, já que as antigas não servem no iPad Air. O iPad 2 continua oficialmente no mercado, com o preço inicial reduzido para $399. Os outros não. Se você não quiser ter o iPad tradicional, poderá optar pelo novo iPad Mini.
iPad Mini
A segunda geração do iPad Mini o colocou de vez no patamar dos outros produtos da Apple. Desde a primeira versão esperava-se que o iPad Mini tivesse a tela Retina, mas ela só chegou após o anúncio de ontem. Com as mesmas 7,9 polegadas, a tela agora terá resolução de 2048 x 1536 pixels e 163 pixels por polegada.
A atualização do hardware seguiu praticamente à risca as novidades do iPad Air: processador A7 de 64 bits, deixando a CPU 4 vezes mais rápido e os gráficos 8 vezes mais velozes; melhorias na câmera, suporte estendido para redes LTE, e Wifi com MIMO. É um belo upgrade no desempenho em relação à geração anterior. As cores também seguem o prata e o “cinza espacial” dos novos gadgets da Apple.
Se o desempenho subiu, o preço tomou o mesmo caminho: a versão mais básica do iPad Mini 2, de 16GB, custa U$499, enquanto que o modelo com 4G vai custar a partir de U$530. Em compensação, a primeira geração, que continuará a venda, teve o preço reduzido: 300 dólares no modelo de 16GB. A Apple não deu uma data exata para a disponibilidade do novo iPad Mini, afirmando apenas que ele chegará “no fim de novembro”. Mais uma vez o Brasil não está na lista.
O iPad 2 não “morreu”
Só ainda não entendemos a decisão da Apple em manter o iPad 2 como “tablet de entrada”. Ele já tinha sido ultrapassado pelas gerações anteriores ao iPad Air (hoje chamadas de “Ipad 3 e Ipad 4”), e imaginamos que, com o novo hardware, os aplicativos tendem a ficar cada vez mais exigentes. Até mesmo o conector de energia já mudou. Estranho, não?
E você, está ansioso para trocar de tablet? Ou quer comprar um iPad pela primeira vez?
