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IA vai afetar 40% dos empregos em todo o mundo; capacitação é a solução

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), 40% dos empregos ao redor do mundo devem ser impactados pelos efeitos da Inteligência Artificial. Na prática, os efeitos disso podem variar, indo desde desligamentos até a redução na procura de mão de obra, acarretando em salários mais baixos.

No Brasil, o cenário não é diferente. De acordo com um levantamento realizado pela PwC, 31% dos CEOs brasileiros estimam reduzir o número de funcionários em no mínimo 5% em 2024 por causa da implementação da IA generativa para aumentar a eficiência operacional. A pesquisa também alerta que 70% dos entrevistados preveem que a IA vai acirrar ainda mais a concorrência e que, para se destacar, as empresas exigirão novas habilidades de sua força de trabalho.

Foto do perfil de Leandro Torres
Leandro Torres, CEO da BePRO Institute

Para Leandro Torres, CEO da BePRO Institute, startup especializada na formação de talentos na área de Tecnologia, a solução para esse dilema é simples: as empresas precisam investir na capacitação de seus próprios talentos. “A integração entre IA e o desenvolvimento de aplicações não exclui o trabalho manual cognitivo, por isso é preciso que o profissional de TI saiba como instruir a máquina para gerar um bom resultado final”, afirma o executivo.

“O investimento em programas de formação de novos talentos, para que esses possam estar habilitados a trabalhar com tecnologias emergentes, precisa estar na agenda de curtíssimo prazo de todas as empresas que querem continuar prosperando e atingindo seus objetivos de negócio”, ressalta.

Ainda neste contexto de gap de talentos, a consultoria McKinsey aponta que 68% dos recrutadores do Brasil têm dificuldade de preencher vagas de nível básico em TI pela falta de profissionais preparados para assumir essas posições. Outro dado preocupante é da Brasscom, que prevê um déficit anual de 530 mil profissionais de TI até 2025.

“Embora o problema do desemprego seja um assunto bastante complexo de se resolver, é certo que as soluções, inevitavelmente, deverão passar por uma ação conjunta e organizada de diversas áreas da nossa sociedade e também por uma boa dose de inovação”, comenta Torres.

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