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Hands-on: Left 4 Dead

É o apocalipse dos zumbis. Traga os amigos!

Dude, where's my thumb?
Dude, where's my thumb?

Aguardado por muitos, tivemos a oportunidade de testar o novo jogo da Valve em parceria com a Turtle Rock Studios, ou pelo menos, parte dele: a versão demonstrativa “privada” de Left 4 Dead, liberada apenas àqueles que efetuaram a pré-compra do jogo. A versão foi liberada quinta-feira (dia 6/11), à 1h da tarde (horário de Brasília) pelo sistema de distribuição online Steam. Para quem não efetuou a pré-compra do jogo ou até mesmo não pretende comprá-lo, a versão demo pública só sai terça-feira, dia 11/11, uma semana antes do lançamento oficial do jogo, que acontece dia 18 de Novembro, para PC e Xbox 360.

Quando finalmente a versão foi liberada para uso, tivemos que aguardar pacientemente por mais alguns pacotes de atualização – também conhecidos como updates – até finalmente conseguir entrar no jogo. Isso levou pouco mais de 30min, mas conseguimos, enfim, testar o promissor Left 4 Dead.

Antes de começar, para quem ainda não sabe, L4D trata-se de uma corrida pela sobrevivência em meio a uma cidade entupida de “infectados” – zumbis, de forma mais direta -, em que 4 sobreviventes armados com sub-metralhadoras, escopetas, rifles e granadas devem trabalhar em equipe para literalmente sobreviver à infestação. Com alguns clichês e uma leve inspiração no filme “Eu sou a Lenda”, L4D definitivamente não apela para uma trama burocrática. O jogo é simples e direto: trabalhe em cooperação, abra caminho a bala, e não morra.

Deixados para a morte

Há duas missões jogáveis na versão de demonstração, ambas da primeira campanha – “No Mercy”, onde, segundo a descrição, os sobreviventes têm a missão de chegar até um hospital para, de lá, escapar de helicóptero. A primeira missão chama-se “Apartments”, que inicia em um bloco de apartamentos lotado de zumbis, terminando nas ruas que dão para o “Subway” (Metrô), nome da próxima missão, que como você já deve imaginar, se passa nas profundezas escuras dos túneis e estações dos trens subterrâneos. Todas as missões iniciam em uma safehouse, cheia de munição, armas e kits médicos, onde os sobreviventes podem se recuperar e se preparar para cruzar o mapa a bala em direção à próxima safehouse.

Assim que os primeiros combates do jogo iniciam logo percebe-se que Left 4 Dead é completamente voltado para uma temática cooperativa – famoso co-op -, em que é simplesmente impossível avançar sozinho. Tanto nos dois modos disponíveis para jogo na versão demo, Single Player ou Co-Op Online, é imprescindível a coordenação dos 4 membros da equipe. É claro que no single player, como os outros sobreviventes são controlados pelo computador, eles não respondem e não agem tão bem quanto àqueles controlados por humanos. Mas mesmo assim quebram o galho em alguns momentos. Vale lembrar que quando você for neutralizado em combate, ficará no chão por algum tempo dependendo da ajuda de seus colegas para se levantar. Se isso ocorrer mais que 3 vezes, é morte na certa e só poderá continuar jogando assim que spawnar em um certo ponto do cenário, onde os sobreviventes terão que se dirigir para liberar o amigo “recém-nascido”.

Eu sou a Lenda

O time de sobreviventes de L4D, imunes ao vírus que deu início à infecção, é composto por Bill, um veterano da Guerra do Vietnã aposentado do exército estadunidense; Francis, um motoqueiro tatuado; Louis, aparentemente um homem de negócios; e Zoey, a única mulher sobrevivente da infecção. O vídeo abaixo exibe um pouco da primeira missão do jogo, em que eu e o Mário Zunino jogamos em modo cooperativo. Desculpem-nos pelo problema no som.

A respeito dos inimigos do jogo, os infectados – The Infecteds -, ou pelo menos a forma mais comum deles (humanos com um comportamento extremamente agressivo), são encontrados praticamente o tempo inteiro e em todos os cantos, mas nem sempre representam uma ameaça direta, já que muitos estão simplesmente vagando, vomitando excrementos, e outros comportamentos bizarros, e só são atraídos pela sua lanterna ou pela movimentação do seu time. Sozinhos e dispersos, eles são fracos e capotam com poucos tiros, o problema são as chamadas “Infected’s Horde“, as hordas de zumbis que são disparadas em certos momentos do jogo. Quando menos se espera, centenas de infectados partem na direção do seu esquadrão com uma voracidade incrível, causando um momento de extrema adrenalina e diversão!

O obeso
O obeso "Boomer".

O demo também traz toda a “tropa de elite” dos infectados: os bosses (chefes). Encontrados quase que naturalmente, estão o “Boomer” – uma criatura obesa, inflada de gás propano, que morre com apenas um tiro, mas é capaz de vomitar uma substância pegajosa que atrai a atenção dos zumbis ao redor, obrigando o time a ficar atento e se previnir -, o “Hunter” – capaz de saltar em direção aos membros do seu esquadrão e arranhá-los, sendo que suas vítimas só podem ser “libertadas” se o tal “Hunter” for morto pelo seu time -, e o “Smoker”, um ser bizarro que utiliza sua extensa língua para agarrar e puxar os sobreviventes para seu encontro, e assim como o “Hunter”, suas vítimas só são “libertadas” se o inimigo em questão for morto.

O ágil
O ágil "Hunter".

Ainda há aparições do poderoso “Tanker”, uma criatura de força e tamanho descomunal capaz de arremessar pedaços do cenário em direção ao seu time, e a bizarra “Witch”, este o inimigo mais mortal do jogo que aparece chorando pelo mapa, podendo neutralizar os sobreviventes com apenas um ataque. Felizmente, há a opção de ignorá-la, é só não atrair sua atenção com movimentos bruscos, luzes e tiros.

A temida
A temida "Witch".

Prepare-se para o apocalipse!

Os gráficos do jogo, gerado pelo poderoso Source Engine, o mesmo motor gráfico que deu vida à trilogia Half-Life 2, Counter-Strike: Source e Team Fortress 2, são muito bem produzidos, com modelos de personagens e o visual dos infectados bem feito, dando até a possibilidade de desmembrar seus inimigos.  Além disso, a inteligência artificial do jogo tem o nome de “The Director”. É “ele” que controla a partida: analisando as condições do seu time (munição, armamento, saúde), ele gera um cenário diferente para a missão cada vez que ela jogada, ou seja, nem sempre haverão os mesmos inimigos nos mesmos lugares. Isso também vale para os Bosses. A frequência com os inimigos atacam também pode variar: se o seu time estiver em bom estado, os ataques serão mais rigorosos e frequentes, agora se seu esquadrão já está bem derrotado, o “The Director” facilita, de certa forma, as próximas partes da missão, oferecendo kits médicos e munição pelo cenário.

Para finalizar, é bom enfatizar que o jogo é rápido, sem muita enrrolação, e recheado de tiros e muito sangue. Se você busca por um survival horror com uma boa dose de terror pscicológico e alguns sustos – como Doom 3, Resident Evil ou Silent Hill -, L4D talvez não seja bem o que você procura. Agora, para quem gosta de um bom shooter (e coloca bom nisso!) cooperativo de sobrevivência, para jogar com os amigos nas madrugadas entediantes, Left 4 Dead é o melhor, e promete inovar tudo o que já se viu em partidas cooperativas!

Se você ainda quer jogar a versão demo antes de todo mundo, L4D está em pré-venda com 10% de desconto no Steam, custando US$ 44.99 – cerca de 95 reais, aproveite.

Tags: Hardware, Jogos

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