O voluntariado vem ganhando destaque como ferramenta essencial para o desenvolvimento da juventude, tanto em termos de cidadania quanto de carreira. Organizações internacionais como a ONU e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) destacam que a participação em iniciativas sociais amplia as chances de empregabilidade, já que ajuda os jovens a desenvolverem habilidades como liderança, trabalho em equipe, empatia e capacidade de resolver problemas.
No Brasil, essa discussão é ainda mais urgente. A taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos chegou a 16,6% no primeiro trimestre de 2024, mais que o dobro da média nacional de 7,9%, segundo o IBGE. Em um mercado competitivo e em constante transformação, experiências extracurriculares que gerem competências práticas são cada vez mais valorizadas por empresas.
O papel das empresas no incentivo ao voluntariado
Além de beneficiar comunidades vulneráveis, programas de voluntariado corporativo oferecem aos colaboradores a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em novos contextos, fortalecendo tanto o engajamento interno quanto a formação de profissionais mais completos. Para os jovens, participar de ações sociais significa também criar redes de contato e desenvolver competências que podem fazer a diferença em processos seletivos.
Ericsson como exemplo positivo
Um exemplo recente desse movimento foi a ação realizada pela Ericsson no Cone Sul da América Latina, no dia 12 de agosto, data em que se celebra o Dia Internacional da Juventude. A empresa mobilizou voluntários em cinco países — Argentina, Brasil, Chile, Peru e Uruguai — em atividades educativas que tiveram como objetivo promover a inclusão social por meio da educação.
As iniciativas incluíram sessões de mentoria para mulheres em todos os países do Cone Sul, masterclasses de tecnologia no Uruguai e rodas de conversa e oficinas em São Paulo e São José dos Campos. A ação se apoiou em um benefício já oferecido aos colaboradores da Ericsson: um dia de trabalho dedicado exclusivamente ao voluntariado.
Impacto e legado
Mais do que um gesto solidário, iniciativas como essa reforçam o papel das empresas na preparação dos jovens para o futuro do trabalho. Ao oferecer conhecimento técnico e experiências transformadoras, a Ericsson demonstrou como tecnologia e responsabilidade social podem caminhar juntas para gerar impacto positivo.
No longo prazo, práticas como essa ajudam a reduzir o chamado skills gap, ou déficit de competências, preparando jovens para novas demandas profissionais e contribuindo para o fortalecimento da cidadania. Para empresas, trata-se de um investimento estratégico: ao engajar seus talentos em ações sociais, elas também desenvolvem profissionais mais preparados para liderar e inovar em ambientes cada vez mais desafiadores.
