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S&P reafirma rating ‘brAA+’ da SPIC Brasil e melhora perspectiva para estável

A S&P Global Ratings reafirmou o rating nacional de longo prazo da SPIC Brasil Energia Participações S.A. em ‘brAA+’ e alterou sua perspectiva de negativa para estável. A decisão reflete o avanço na gestão da estrutura de capital, disciplina na alocação de recursos e redução das pressões de liquidez no curto prazo, além do desempenho consistente dos ativos da companhia, mesmo em um ciclo intenso de investimentos.

Também foi reafirmado o rating ‘brAA+’ da Usina Hidrelétrica São Simão. Seu modelo de venda de energia por cotas, a preço fixo e reajustado pela inflação, assegura previsibilidade de receita e resiliência frente ao risco hidrológico, contribuindo para a solidez consolidada da holding.

Segundo a S&P, a reafirmação do rating e a mudança de perspectiva se devem à robusta geração de caixa da SPIC Brasil – impulsionada principalmente pela UHE São Simão, seu principal ativo –, ao recente refinanciamento de dívidas de curto prazo, bem como ao avanço na contratação de financiamentos de longo prazo para os projetos solares Panati e Marangatu.

“A perspectiva estável do rating reflete nossa visão de que o grupo SPIC Brasil reduziu as pressões de liquidez para 2025 e 2026 após refinanciar as dívidas de curto prazo e está mais perto de conseguir o financiamento de longo prazo dos seus projetos solares, o que deve solucionar em definitivo a sua estrutura de capital”, destacou a S&P em comunicado ao mercado.

A companhia refinanciou R$ 1,2 bilhão em dívidas de curto prazo, contratou R$ 350 milhões junto ao Banco do Nordeste (BNB) e realizou duas emissões de debêntures, reduzindo significativamente o risco de liquidez para os próximos dois anos.

A agência também ressaltou o planejamento financeiro da empresa, que prevê R$ 1,5 bilhão em investimentos até 2027, financiados por uma combinação de novas dívidas e aportes de equity – estratégia que reforça a estrutura de capital e garante recursos para projetos em desenvolvimento.

“Para o mercado financeiro, a confirmação da nota e a revisão da perspectiva representam um sinal claro de credibilidade e estabilidade, indicando que a companhia permanece bem-posicionada para acessar crédito competitivo e sustentar seu hub de projetos renováveis”, aponta Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil.

A elevação da perspectiva reforça o compromisso da SPIC Brasil com práticas sustentáveis, responsabilidade financeira e visão de longo prazo. Esses pilares sustentam a atuação da empresa no setor elétrico e fortalecem sua relação com investidores, credores e demais públicos estratégicos.

Emissão de R$ 810 milhões em debêntures
Reforçando sua estratégia, a SPIC Brasil, em parceria com a Recurrent Energy, concluiu a emissão de R$ 810 milhões em debêntures para financiar os complexos solares Panati e Marangatu, já em operação.

Com vencimento em junho de 2026 e remuneração atrelada à taxa DI acrescida de 1% ao ano, a operação foi estruturada em série única pelo Bradesco BBI, oferecendo flexibilidade aos emissores e segurança aos investidores.

A transação foi concluída em menos de um mês, destacando-se por sua complexidade e precisão técnica, e contou com assessoria jurídica dos escritórios Pinheiro Guimarães Advogados e TozziniFreire Advogados.

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