Há algumas semanas a Microsoft disponibilizou para todos o Windows 8 Developer Preview, afim de que fosse testado principalmente por desenvolvedores, que por sua vez enviariam seu feedback a empresa, para que a mesma pudesse aprimorar cada vez mais a experiência de uso do sistema mais conhecido do planeta.
Pois bem, com uma interface 100% diferente das versões anteriores, o Windows 8 dividiu opiniões. Alguns odiaram, outros amaram. Dos que odiaram, uma das maiores reclamações, fora a interface Metro, ficou por conta da ausência do menu Iniciar clássico, que é uma marca registrada do sistema desde 1995. Alice Steinglass, líder do programa de gerenciamento da Microsoft, se encarregou de explicar os motivos que levaram a essa decisão.
Segundo ela, um dos objetivos do Windows 8 é prover uma gama de opções de personalização do sistema, e o antigo menu Iniciar não permite tais customizações, ele não acompanha o ritmo moderno dos usuários. Nas palavras dela, “ele oferece uma personalização muito limitada, com praticamente nenhuma informação útil e apenas um pequeno espaço para os resultados de uma pesquisa. O menu Iniciar do Windows 7 é apenas uma simples lista“.
Continuando com a sua argumentação, Steinglass diz que “a Start Screen não é apenas um substituto do menu Iniciar – ela é personalizável e projetada para ser um menu eficiente e poderoso que permite interagir com aplicativos e ver notificações importantes“.
E não é só de personalização que vive a Start Screen, Alice ainda informa que ela terá uma importante função de pesquisa no novo sistema. “No menu Iniciar do Windows 7 não é possível dimensionar resultados. Se você estiver procurando por uma opção no ‘Painel de Controle’, por exemplo, o menu Iniciar retorna poucos resultados de cada categoria“, continua ela. Na Start Screen foi possível implementar uma busca ainda mais completa, onde os usuários poderão digitar e já enxergar os resultados vindos de diversas partes do Windows, semelhante ao Mac OS X.
A Microsoft não está tentando fazer essa “revolução” sozinha. Engenheiros, designers, programadores e usuários avançados estão colaborando por enviar o seu feedback para aprimorar ainda mais a experiência de uso do sistema e não gerar insatisfações, tornando a transição algo natural e benefíco.
Parando para pensar, até que a justificativa da companhia tem fundamento. O menu Iniciar hoje, pelo menos a meu ver, serve apenas como um local onde ficam atalhos para alguns programas, algumas pastas específicas, tais como as Bibliotecas, e um local para se fazer rápidas pesquisas, mais nada. A Start Screen é muito mais interativa e personalizável, provendo acesso rápido aos seus aplicativos e informações atualizadas ao alcance da vista.
Eu vejo essa mudança como algo mais ou menos parecido com a implementação da SuperBar, do Windows 7. Tornou a até então estática barra de tarefas uma parte importante da experiência do usuário. No entanto, agora a Microsoft resolveu mexer num ponto que faz part e da identidade visual do sistema. Espero sinceramente que eles façam um bom trabalho, acredito que sim. Em um post no blog Building Windows 8, a companhia explica detalhadamente o por quê da mudança, inclusive a própria Alice Steinglass responde aos usuários insastifeitos nos comentários.
De qualque forma, se você não engole a interface Metro de jeito nenhum, nós postamos um tutorial aqui ensinando como ter o Menu Iniciar clássico no Windows 8. Então, o que você, caro leitor, acha da ausência do menu iniciar clássico e das justificativas da Microsoft? Fique à vontade para expor a sua opinião nos comentários.
