Em um momento em que o mercado de telecomunicações enfrenta alta pressão regulatória e margens cada vez menores, o Grupo Arsitec propõe uma abordagem pragmática para a modernização das redes: evoluir com inteligência. A empresa, que participou do Futurecom 2025, apresentou soluções que permitem preservar ativos, otimizar investimentos e ampliar a eficiência operacional de operadoras e provedores regionais.
“A corrida por performance não pode ignorar a eficiência pragmática. A infraestrutura precisa evoluir, mas com foco em monetização e interoperabilidade, não apenas em expansão física”, afirma Luciano Marchetti, vice-presidente de Vendas do Grupo Arsitec.
Com um portfólio que inclui transceivers da Allmon, switches da Raisecom e sistemas de sincronismo da Microchip, a empresa defende um modelo de arquitetura modular e escalável, capaz de integrar tecnologias de ponta sem gerar ciclos caros de substituição.
“A ideia é preservar ativos, aproveitar a base instalada e adicionar inteligência operacional. O futuro da conectividade passa por fazer mais com menos, com eficiência e sustentabilidade”, complementa o executivo.
No Futurecom 2025, a Arsitec também mostrou soluções voltadas à expansão do 5G, reforçando seu papel como parceira estratégica de operadoras e ISPs que buscam cumprir metas de cobertura e otimizar custos em um setor que, segundo Marchetti, “não pode crescer à custa de sua própria viabilidade econômica”.

Confira a entrevista exclusiva para o Guia do PC:
Guia do PC – O mercado de telecomunicações vive um momento de alta pressão: a demanda por serviços digitais cresce, o 5G avança e os custos também aumentam. Como a Arsitec enxerga esse cenário?
Luciano Marchetti – O mercado está num ponto em que crescer virou um dilema. De um lado, há uma corrida por performance, impulsionada pela chegada do 5G e por serviços de alta demanda como o edge computing. De outro, temos margens apertadas, investimentos elevados e uma competição acirrada. As empresas precisam modernizar suas redes, mas de maneira inteligente, com racionalidade econômica. Não dá mais para escalar infraestrutura simplesmente expandindo fisicamente ou substituindo tudo.
Guia do PC – É nesse contexto que nasce a proposta da “evolução inteligente da infraestrutura”?
Luciano Marchetti – Exatamente. Quando falamos em evolução inteligente, estamos nos referindo a uma arquitetura modular, escalável e financeiramente viável. O objetivo é preservar os ativos que o cliente já possui e integrá-los a soluções mais modernas e eficientes. É a diferença entre fazer upgrade e começar do zero. Nossas soluções são pensadas para garantir interoperabilidade, performance e monetização — porque a infraestrutura tem de gerar resultado, não apenas custo.
Guia do PC – Quais soluções traduzem essa proposta na prática?
Luciano Marchetti – Trabalhamos com uma integração que começa na base física e vai até o sincronismo das redes. Os transceivers da Allmon, por exemplo, ampliam a capacidade de tráfego sem precisar substituir a malha óptica existente. Na camada de comutação, os switches Raisecom trazem segmentação e qualidade de serviço avançada, o que permite que uma mesma rede suporte aplicações corporativas, residenciais e críticas simultaneamente. E o TP4500 da Microchip garante sincronismo de alta precisão — fundamental para aplicações de baixa latência e redes móveis. É uma abordagem que valoriza eficiência operacional e sustentabilidade financeira.
Guia do PC – O 5G é um tema central na Futurecom 2025. Qual é o papel da Arsitec nesse avanço?
Luciano Marchetti – O 5G é o grande acelerador do momento, mas também um desafio. Até julho de 2026, todas as cidades com mais de 200 mil habitantes terão de ter cobertura, e um ano depois, será a vez dos municípios com mais de 30 mil. Isso pressiona provedores e operadoras. Nossa função é oferecer soluções escaláveis e confiáveis que permitam cumprir esses prazos sem comprometer a saúde financeira das empresas. As tecnologias que levamos à Futurecom refletem exatamente isso: inovação com viabilidade.
Guia do PC – E como a Arsitec equilibra o avanço tecnológico com a preservação de ativos e o controle de custos?
Luciano Marchetti – É uma equação que exige planejamento. Não se trata apenas de vender equipamentos, mas de propor um modelo sustentável de evolução. A infraestrutura de redes precisa ser pensada como um ativo estratégico, não apenas técnico. Por isso, a nossa abordagem combina eficiência energética, escalabilidade e automação — fatores que reduzem o OPEX e prolongam o ciclo de vida dos investimentos. O futuro é fazer mais com menos, mas com inteligência.
Guia do PC – Que tendências devem orientar os investimentos até 2030?
Luciano Marchetti – A fibra óptica continua sendo a espinha dorsal da conectividade global. Mesmo com o avanço do 6G, é ela que garante a base da baixa latência e da alta disponibilidade. Veremos uma consolidação das redes privadas 5G, sobretudo em indústrias e agronegócio, e uma automação completa das operações — do backbone ao edge. A eficiência será o novo diferencial competitivo, e quem entender isso vai liderar a próxima década.








